Boa leitura.
FIM DE SEMANA
Hoje irei
contar sobre o meu fim de semana. Fui para a praia com meus amigos, uma coisa
extremamente rara, ir para praia. Eu sei, é normal ir para a praia, mas não
para mim. Sou uma pessoa que prefere a cidade do que a praia.
Eu me chamo
Hatori, sou um garoto normal como qualquer outro. Como pode perceber pelo meu
nome, sou descendente de japonês e espero que você não tenha problemas com isso.
Enfim, chega de enrolação...
Após horas
de viagem de carro, finalmente podíamos ver a praia e o mar. Estávamos em
quatro amigos e passaríamos o fim de semana na praia, apenas dois dias.
Chegamos na manhã de sábado na pousada que os pais de meu amigo eram donos.
A pousada
parecia ser simples e no estilo oriental, o muro de fora era cercado por bambus
e a estrada para o prédio era de madeira, o piso em volta era de areia branca
com desenhos de ondas e pedras grandes em determinados pontos.
Paramos do
lado de fora, uma área para desembarque dos hospedes. O dia estava bem abafado
e o sol já estava forte, só de abrir a porta do carro eu comecei a suar,
saudades do ar condicionado.
- Vamos,
saia logo do carro Hatori, vamos fazer o check-in.
– Chamou Gustavo, filho dos donos da pousada, um garoto alto, cabelos loiros e
enrolados, barba por fazer e vestido igual a um surfista.
- Preciso
mesmo ir com vocês? Não posso ficar no carro com o ar condicionado ligado?
- Cara, tem
ar condicionado no quarto, você pode ficar jogado em um canto lá. – Lembrou
André, meu outro amigo, mesmo tamanho que eu, um cara simples, óculos
quadrados, cabelo bem arrumado, camisa do star
wars e uma bermuda jeans clara.
- É uma boa
ideia, aproveita e leva as malas para o quarto também. – Sugeriu Franklin, o
mais baixo do grupo. Vestia uma camisa branca com uma estampa de tigre, uma
bermuda rasgada e uma blusa na cintura. Seu cabelo liso e cortado em moicano.
- Não, o
carro está bom.
Me deitei no
banco de trás e pouco tempo depois ouvi a porta do carro bater, me levantei e
meus amigos me olhavam do lado de fora com um sorriso. O carro estava
desligado, todas as janelas estavam fechadas e a temperatura dentro do veículo
começou a subir, tentei abrir a porta, mas meus amigos impediram que eu saísse.
- Sacanagem
isso. Me deixem sair, querem um asiático assado?
Eles riram,
mas abriram a porta. De vingança, pulei do carro e corri para abraça-los, para
secar meu suor neles, todos correram de mim e começamos a gargalhar como
crianças. Paramos de correr e fomos fazer o check-in,
enquanto um fazia o check-in os
outros levavam as malas para o quarto.
O quarto era
grande, um grande cômodo quadrado com portas de correr do outro lado que davam
em uma pequena varanda com duas cadeiras. Do lado esquerdo havia um armário,
também com portas de correr, onde eram guardados os futons, cobertas usadas como cama, e alguns quimonos, roupas
orientais que pareciam roupão de banho.
Deixamos
nossas malas no armário e fomos até a recepção pedir algumas informações. Enquanto
Franklin e André conversavam com Gustavo, resolvi passear pela instalação.
Andei pelo lugar sem rumo, explorando a pousada e acabei achando a área de
lazer, lá tinha diversas mesas de jogos, de sinuca, ping-pong, entre outros.
Então eu a
vi, uma garota ruiva, de olhos claros, algumas sardas no rosto e usando um
quimono da pousada, estava sentada em uma cadeira do outro lado da área de
lazer, estava lendo um livro que reconheci pela capa, um livro que eu estava
lendo também. Pensei se devia ir falar com ela, mas como sou uma pessoa muito
tímida, resolvi não em arriscar, dei meia volta e fui me encontrar com meus
amigos.
A primeira
coisa que eles falaram ao me ver foi “vamos para a praia agora”. E
obrigatoriamente fui para a praia naquele sol escaldante. A pousada não era
muito distante da praia, cerca de cinco minutos de caminhada. Chegamos na praia
e vimos o mar de gente, parece que muitos tiveram a mesma ideia de passar o fim
de semana na praia. Andamos por alguns minutos e finalmente encontramos um
lugar para deixar nossas coisas. Montamos o guarda sol, colocamos a toalha na
areia e meus amigos largaram suas cosias próximos do guarda sol e correram para
a água, eu fiquei encarregado de olhar nossas coisas em troca de me pagarem o
almoço.
Diversas pessoas
jogando vôlei de praia, outros caminhavam ou corriam próximos ao mar, crianças
chorando, gente conversando, a praia estava um inferno, mas o som do mar estava
mais alto que o das pessoas então chegava a ser suportável.
Me deitei e
fechei os olhos, péssima escolha. Uma bola veio direto na minha cara e uma voz
de garota vinha na minha direção.
- Desculpa!
Acabei jogando muito forte! Você está bem?
Me levantei,
esfreguei o rosto e olhei para a garota, para a minha surpresa ela era uma
conhecida.
- Sara? O
que você está fazendo aqui?
Sara é a
namorada de André, uma garota com incríveis 1,50 metros, de cabelos pretos e
lisos, olhos castanhos claros e um físico de jogadora de futebol.
- Hatori? Se
você está aqui, quer dizer que os meninos também estão. – Deduziu a garota.
- Você veio
com quem? – Perguntei.
- Com minhas
amigas. Por que? As meninas vão adorar que vocês estão por aqui. – Sorriu a
garota.
- Por que
elas iriam adorar? E por acaso André ou alguém comentou algo com vocês de que
iríamos vir para a praia?
- Não,
apenas tivemos vontade de vir para a praia e lembramos que os pais do Gustavo
são donos de uma pousada aqui perto.
- Vocês
também estão hospedados lá?
- Como assim
“também”? Vocês estão hospedados lá? Isso é muita coincidência.
- Bom, nós
estarmos lá não é algo fora do normal, afinal o Gustavo está conosco. Mas
realmente, isso é muita coincidência, se tivéssemos combinado, nunca nos
encontraríamos. – Sorri.
- É verdade.
- Sara? O
que você está fazendo aqui? – Perguntou André que havia voltado do mergulho.
- A mesma
coisa que vocês, passeando.
- E elas
estão hospedadas na pousada do Gustavo. – Comentei.
- Sua stalker. – André soltou uma risada
despreocupada.
- Seu besta,
vou chamar as meninas. Já volto.
- Você
chamou elas? – Perguntou André.
- Não, você?
- Não.
-
Aproveitando que você voltou, fique aqui, vou dar uma olhada nas barracas de
comida ali na frente. – Me levantei e fui andar.
André se
sentou e apenas acenou para mim. O sol estava realmente forte, facilmente você
conseguiria um bronzeado. Tinha muita gente nas barracas, mas as filas andavam
rápido. Tinha comida de quase todos os tipos, tinha principalmente comidas feitas
de frutos do mar e o preço era bem salgado.
Em um canto
mais afastado da multidão, uma garota ruiva olhava para os lados, parecia
perdida. Ela estava usando um biquíni vermelho, que combinava com seus cabelos,
uma toalha como saia e tinha um corpo esbelto. Fiquei observando-a por um tempo
e quando resolvi ir falar com ela, dois homens de sunga abordaram ela. Pensei
que ela ficaria bem e já ia embora então dei uma última olhada nela, quando
percebi que seus olhos tinham uma expressão amedrontada eu fui em sua direção.
- Achei
você! Você não devia sair andando por ai sozinha, vai acabar perdida. – Gritei
ao me aproximar da garota, segurei sua mão, olhei em seus olhos e então a puxei
gentilmente. – Vamos, o pessoal está nos esperando.
Ainda bem
que os caras não quiseram arrumar encrenca, mas acho que era porque eu acabei
chamando a atenção das pessoas ali perto quando me aproximei. Nos afastamos até
eles sumirem de vista então a soltei e me virei para a garota.
- Você está
bem? Fiz algo desnecessário?
- Sim, estou
bem. Obrigada por me ajudar. – Respondeu a garota com a voz fraca.
- Está
perdida? Posso te levar até um posto policial aqui perto, se quiser.
- Não, está
tudo bem. Logo minhas amigas vão aparecer.
Essa garota
parecia bem assustada e com aqueles dois caras abordando-a do nada deve ter
deixado ela mais assustada. Esperava que as amigas dela estivessem por perto e
comecei a olhar ao redor para ver se achava alguém procurando por algum
conhecido.
Olhei
novamente para a garota e uma imagem me veio a cabeça, a garota na posada lendo
aquele livro que eu estava lendo. Será que era a mesma garota, pensei? Esse dia
estava cheio de coincidência, e isso para mim não era um bom sinal.
- Iris! Cadê
você? – Gritava uma garota distante.
Automaticamente
a garota ao meu lado começou a procurar a pessoa que gritava, acho que o nome
da ruiva é Iris.
- Você se
chama Iris? – Perguntei.
Ela apenas
acenou com a cabeça de forma positiva, então comecei a procurar a garota que
estava gritando. Não muito distante de onde estávamos, uma garota alta de
cabelos pretos e curtos, usando um biquíni de cor rosa, andava em nossa direção
e ao avistar a ruiva ao meu lado, ela parou, olhou e então saiu correndo,
gritando.
- Jack!
Achei a Iris! Corre aqui! – Gritava a garota.
Como se não
se visse a anos, a garota chegou abraçando Iris, deixando-a sem ar e com
vergonha. A garota recém-chegada chorava de alivio e uma outra garota se
aproximou. Uma garota do meu tamanho, loira de cabelos longos e lisos, olhos
verdes e um sorriso encantador, vestia um biquíni verde com detalhes em preto.
- Iris! Está
tudo bem com você? Não está machucada? – Perguntou a loira.
- Não, eu
estou bem. Graças a ele. – Respondeu a ruiva apontando para mim.
As duas
garotas me olharam, na hora fiquei com vergonha, nunca havia sido encarado por
garotas tão bonitas antes, mas conforme o silêncio predominava, comecei a ficar
desconfortado.
- Bom, já
que você se encontrou com suas amigas, vou indo. Tchau.
- Espere. –
Falaram a loira e a morena, ao mesmo tempo.
- O que foi?
Eu não fiz nada. – Respondi.
- Nós
queremos apenas te agradecer. Qual seu nome? – Perguntou a loira.
- Logo vocês
esqueceriam meu nome, não há necessidade disso. E não precisam me agradecer,
apenas fiz por fazer. – Me virei e comecei a andar.
Voltei para
onde meus amigos estavam e curtimos o resto do dia na praia, voltamos apenas
quando o sol se pôs. De volta a pousada, fomos direto tomar banho. Não tinha
lugar para tomar banho no quarto, pois a pousada tinha um local para banho em
conjunto, separado por homens e mulheres.
O banho público
era um lugar enorme, uma banheira tão grande que parecia uma piscina, uma
parede do lado direito estava cheia de chuveiros e banquinhos, o lugar bem
abafado.
- Ai, meus
ombros estão me matando. – Comentou André.
- Também,
quem mandou não passar protetor solar? – Riu Gustavo.
- Você
também devia ter passado protetor, Gustavo. Parece que te jogaram em uma grelha
e te esqueceram. – Caçoou Franklin.
- É verdade.
Gustavo está bem passado. – André começou a rir, mas parou e começou a gemer de
dor pois Gustavo havia batido em seu ombro.
- E você
Hatori? Por onde andou na hora do almoço? Não o encontramos em lugar algum. –
Perguntou Gustavo enquanto apertava o braço de Franklin, que estava vermelho.
- Eu? Ah, só
andei pela praia. – Respondi meio distante.
- Você?
Andando pela praia? Que milagre foi esse? – Perguntou André, desconfiado.
- Não posso
mais andar pela praia?
- Você nem
gosta de praia, por que andaria por ai? – Franklin apertava as costas de
Gustavo com um dos pés enquanto André o segurava.
- Ok, estava
procurando algo para comer.
- Bom, isso
é mais aceitável. Ei, a Sara está hospedada nessa pousada também. – Comentou André,
feliz.
- Está? –
Perguntou Gustavo enquanto corria atrás de Franklin.
- Sim, e ela
falou com o Hatori. Ela queria fazer um teste de coragem hoje a noite,
aproveitar que nos encontramos aqui e que ela está com as amigas.
- Sara está
com as amigas? Opa, quando vamos conhece-las? – Gustavo abraçou André.
- Desgruda,
e ela disse para nos encontrarmos no templo que fica perto da pousada.
- Templo?
Não acho uma boa ideia. – Respondeu Franklin.
- Qual é? Vai
dizer que está com medo, Franklin? – Gustavo zoou seu amigo.
- Cara,
templo. Nunca brinque com essas coisas sobrenaturais, nunca dá certo.
- Para de
frescura, até o Hatori vai.
- Eu? Como
assim?
- Pois é,
Sara foi bem clara. Pediu para todos nós irmos. Parece que vai dar par para
todos.
- Mas... se
der par para todos, quem vai assustar os outros? – Perguntei, pensativo.
- Bom, Sara
disse que está querendo assustar uma das amigas dela, então provavelmente eu e
ela ficaremos de fora... para assustar. – Sorriu André.
- Eu posso
assustar os outros. – Se candidatou Franklin.
- Não, você
vai para o teste de coragem. Eu ajudo o André e a Sara. – Sugeriu Gustavo. –
Afinal, conheço bem aquele templo.
- Verdade,
vai ser de grande ajuda. – Disse André.
- Então está
combinado, vamos terminar logo o banho! – Gustavo soou mais alegre com a
programação noturna.
Após o
banho, nos trocamos e fomos nos encontrar com as garotas no templo. Para
chegarmos ao templo, tivemos que subir uma escadaria imensa e no final dela
havia um torii, uma espécie de portão
japonês, dois troncos pintados de vermelhos postos um do lado do outro a uma distância
que correspondia a passagem da rua, uma madeira retangular no alto, também de
vermelho e uma outra madeira retangular, maior que a outra, com telhados.
Esperamos
por alguns minutos então as garotas apareceram, Sara estava usando um short
curto e camisa cinza com uma estampa de engrenagens que davam a forma de um
coração, suas amigas vinham logo atrás da garota.
Coincidência
ou não, eu conhecia as garotas atrás de Sara, a ruiva, a loira e a morena que
encontrei aquela tarde na hora do almoço, na praia. Quando elas me viram, a
loira apontou para mim.
- Você! Não
acredito que nos encontramos de novo!
- Verdade,
acho que é obra do destino. – Sorriu a morena.
- Vocês se
conhecem? – Perguntou Sara.
A ruiva
apenas acenou positivamente com a cabeça.
- Sim, ele
ajudou a Iris, que se perdeu naquela hora na praia. – Comentou a loira.
- É? Esse
Hatori, não consegue ver uma garota com problemas que já vai ajudá-la. Coração
mole. – Sara sorria para sua amiga enquanto se aproximavam de nós. – Olá garotos.
Essas são minhas amigas, Iris, Jack e Cátia.
- Olá. –
Disseram as garotas em uníssono.
- Oi. –
Respondi, o único que conseguiu falar algo, meus amigos ficaram fazendo um som
parecido com “ãn-ho-e”.
- Poderiam
parar de babar, por favor? – Pediu Sara. – Finjam serem pessoas civilizadas.
- Acho muito
difícil isso, Sara. – Comentei.
Na hora meus
amigos saíram do transe e vieram me agarrar, Gustavo me deu um “mata leão”,
André e Franklin agarraram minhas pernas e começaram a me balançar.
- Soltem
ele, idiotas. – Debochou Sara. – Vamos, cumprimentem minhas amigas direito.
Gustavo me
soltou, fazendo eu bater a cabeça no chão, e quando foi se apresentar para a
ruiva, ela desviou dele e veio até mim.
- Você está
bem? Machucou a cabeça?
- Eu estou
bem, essas coisas costumam acontecer. – Sorri de forma desajeitada.
Franklin
chegou perto do Gustavo enquanto observava a cena e cochichou algo para ele.
André foi cumprimentar sua namorada direito enquanto se apresentava para as
outras garotas.
- Qual seu
nome? – Perguntou a ruiva para mim.
- Hatori. –
Respondi enquanto massageava minha nuca.
- Eu me
chamo...
- Iris. – A garota
me olhou, corada. – Sim, eu lembro seu nome. Prazer em te conhecer, Iris.
A ruiva
apenas desviou o olhar, constrangida, parece que ela é bem tímida. Me levantei
e acenei para as outras duas garotas.
- Bom, já
que decidimos o papel de todos, vamos nos separar. – Disse Sara.
Sara, André,
Gustavo e Jack se afastaram do grupo e adentraram o templo.
- Eles
pediram para ficarmos aqui por um tempo, para eles arrumarem tudo lá dentro. –
Franklin comentou comigo enquanto as garotas conversavam, excitadas. – Não gosto
da ideia de eles irem arrumar as coisas, Gustavo é meio exagerado quando se
trata de coisas sobrenaturais.
- Mas vai
ser, no mínimo, interessante. Pense como uma experiência única. – Confortei meu
amigo, que tremia, de frio ou de medo, eu não sabia e não o culpava.
Ficamos
conversando para passar o tempo, conversas aleatórias, assuntos banais e
simples, até que recebemos uma mensagem pelo celular dizendo que estava tudo
pronto, tinha até instruções.
Devíamos
decidir qual casal iria na frente para realizar um determinado percurso, o
outro casal deveria esperar mais dez minutos para então realizar o mesmo
percurso do casal que foi na frente, deixei Franklin ir na frente para acabar
de vez com seu sofrimento, o garoto me olhou com olhos agradecidos antes de
partir ao lado da Cátia.
Percebi que
Iris tremia, então resolvi mudar um pouco sua atenção.
- Quantos
anos você tem, Iris? – Perguntei da forma mais relaxada possível.
- Dezoito,
por que? – Respondeu a garota, ainda tremendo.
-
Curiosidade. Está com frio?
- Na
verdade, não, só um pouco nervosa. – A garota olhou para mim e sorriu. Ela
estava tentando ser forte, gostei.
- Não
precisa ficar nervosa, vai ser divertido. – Sorri.
- Não é nada
divertido tomar susto.
Segurei a
mão da garota e ela olhou para mim, assustada.
- Não, mas
essa adrenalina que você está sentindo é algo que vicia, então aproveite o
momento, não fique tensa, não tenha medo de expressar o que estiver sentindo.
Iris parou
de tremer, acho que consegui mudar um pouco o foco dela. Ficamos olhamos nos
olhos um do outro por alguns segundos então ela começou a corar, assim como eu
também comecei a ficar vermelho de vergonha, rapidamente soltamos as mãos e
viramos nossos rostos.
Um momento
desconfortável, mas interrompido por um bipe, uma mensagem dizendo que podíamos
ir para o teste de coragem. Me virei para a garota e me deparei com ela me
olhando de forma determinada e sorrindo. É, esse teste de coragem vai ser
realmente interessante.
Continua.
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